À medida que caminho sobre a areia, as minhas mãos salgadas percorrem a fibra de vidro, sentindo os contornos, o corte dos rails, os dedos lêem o Braille do wax, pressionam o foam. Viro a prancha ao contrário, num rosto que acusa em muito o abuso do sol e do sal. Em silêncio percorro a curva dos fins e penso firmemente que os surfistas são pessoas mais evoluídas, até quem sabe melhores, que todo tempo que passamos a contemplar as possibilidades do mar nos deixa mais reflexivos e maduros. Mas ao mesmo tempo acredito o contrário, porque no mar o surf, como qualquer outra actividade, agrega e aceita todo o tipo de gente.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
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