quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

...Royal Air Marocco

Saimos de Lisboa numa madrugada fria de Janeiro, carregados com as bagagens e as pranchas. Ao fazer o check-in mandaram-nos para um outro balcão para podermos despachar as pranchas, já nesse balcão disseram-nos outra coisa completamente diferente e ainda tiveram a lata de nos mandar ainda para outro balcão que tambem não sabia o que fazer às pranchas nem quanto nos cobrar até que ao fim de algum tempo chegaram á maravilhosa conclusão, as pranchas de surf não pagam taxa extra,que valeu logo o ping-pong de balcões, bendita Royal Air Marocco (R.A.M.).
Entrámos logo em estado de choque quando vimos o avião em que iamos viajar, parecia tirado de um filme do Indiana Jones ainda da primeira sequela, cinzento de hélices, se não era o mesmo avião garanto-vos que era igualzinho, não tinha escadas para subir, a porta do dito cujo servia tambem de escadas, subimos ainda muito a mêdo, quando nos sentámos pus a mala de mão dentro dum compartimento por cima dos nossos lugares onde estavam pães e pacotes de leite, todos espalhados naquele pequeno arrumo. Quanto aos hospedeiros eram um homem e uma mulher falavam árabe e não se calaram o tempo todo no que mais parecia um engate reciproco, ora em arabe ora em inglês, ela alta e com tanta base na cara a tentar tapar as crateras e borbulhas, exageradamente mal maquilhada, ele não muito alto um tipico marroquino daquele que todos nós conheçemos e nos tentam vender flores. Cagaram completamente nos passageiros, estava a esquecer-me de dizer que iam sentados mesmo no banco atrás de nós, parece que naquele dia houve greve da empresa que fornece a comida, mas acham que os nossos queridos hospedeiros avisaram! Percebemos isso quando uma senhora com dois filhos cansada de esperar se levantou e lhes perguntou pelo pequeno almoço á qual eles responderam sentados em inglês num tom agressivo que não havia, continuando a conversar ainda ali com a senhora parada, pasmada a olhar para eles. O avião a hélices vibrava por todo lado, parecia que a qualquer momento ia cair o que se tornava cada vez mais dificil de nos abstrair, O nosso vôo fazia escala em Casablanca quando aterramos, essa sim digna de palmas as quais ninguem bateu penso que ainda aterrorizados da longa e torturante viagem. Já em terra e no aeroporto de Casablanca bebemos café e fumamos alguns cigarros antes de trocar de vôo onde fomos interrompidos já no terçeiro cigarro por uma senhora que nos chamou pelo nome e nos dizia que o avião que seguia para o sul de Marrocos estava á nossa espera para arrancar, corremos atrás dela até ao avião que para grande espanto nosso não era o mesmo, era um "normal" com escadas para podermos entrar e tudo, um verdadeiro espectáculo, o resto do vôo sim correu ás mil maravilhas com direito a pequeno almoço e tudo. Soube mais tarde que todos os vôos que entram ou saiem de Marrocos são naqueles aviões de hélices da R.A.M. e atenção não cobram taxa extra para as pranchas.
O vôo de regresso foi fotocópia da nossa ida, desta vez já mentalizado na volta levei um livro da Angelina Jolie muito mau por sinal, ao contrário da autora e lá me consegui destrair/ abstrair daquele cenário todo.

1 comentário:

Pi disse...

ehehe!
Também já andei na Royal Air Morocco quando fui a Marraquexe....eu e mais 3 pessoas e o piloto....que meeedooo!!